Com o apoio de garimpeiros e empresas, os indígenas foram à Brasília
Assunto central nos bastidores do noticiário político, as nomeações de cargos de chefia em órgãos públicos federais e estaduais vem sendo alvo de disputas ferrenhas e acaloradas entre os apoiadores do Presidente Lula do PT. Na região sul do Pará, passados 3 meses da posse, ainda não foi nomeado o coordenador do DSEI Kaiapó (Distrito Sanitário Especial Indígena), que hoje conta com 300 servidores e sediado em Redenção sul do Estado, é um importante instrumento de atenção e cuidados à população índígena Kaiapó A comunidade indígena tem hoje mais de 5.000 integrantes espalhados por várias aldeias no sul do Pará. Em janeiro, um grupo de indígenas liderados pela liderança Bebô Kaiapó, não intimidado com os altos custos da logística envolvendo a viagem, que demanda hospedagem, alimentação e transporte, mas com o apoio financeiro de garimpeiros e empresários extrativistas da mineração, seguiram rumo a Brasília para pleitear o cargo de coordenação do DSEI, junto ao novo secretário nacional do SESAI (Secretaria Especial da Saúde Indígena), ligado ao ministério da Saúde. O grupo aguarda ser atendido para entregar o pedido direto nas mãos do atual Secretário, que deve estar analisando com bastante critério, uma vez que até a data desta publicação não deu resposta sobre a demanda, por isso, os indígenas estão se organizando para uma nova ida a Brasília, desta vez com uma delegação maior. Para isso, circula em grupos de Whatsapp uma coleta de recursos entre garimpeiros e empresas ligadas ao ramo de logística para garimpo, no sentido de custear as despesas. A ideia da viagem é fazer pressão no governo. A situação dos Índios durante as gestões Temer e Bolsonaro, de longe não foi das melhores, especialmente nos 4 últimos anos, cujo descaso e a indiferença com a comunidade indígena ficou explícita no caso da tragédia dos Yanomami no Estado de Roraima. Os recursos destinados à atenção indígena, foram diminuídos ou realocados drasticamente nesse período, portanto, acredita-se que a demora na escolha, seja pelo fato do atual governo querer acertar na escolha da nova coordenação do DSEI em Redenção, uma que seja alinhada com a vontade desse novo governo em melhorar a vida dos indígenas que constitui um patrimônio inestimável da humanidade.
Comentários
E
"O DSEI aqui de Redenção foi ocupado por um indígena ,mas em contrapartida já existe nomes de fazendeiros , garimpeiros cujas pessoas patrocinou viagem dos indígenas em Brasília, a pergunta que não quer calar será que tá havendo transparência ,os bolsonaristas estão nesse grupo..."