Voltar

Acusados de envolvimento na morte de missionária e amiga vão à júri popular

O julgamento acontece em meio à muita polêmica

Data: 10/05/2023
Foto: Arquivo

Após 6 anos dos assassinatos da missionária Francisca Vaz e de sua amiga Joanice Oliveira ocorrido em novembro de 2017 em Redenção sul do Pará, os acusados de envolvimento no duplo homicídio serão julgados nos dias 11 e 12 de maio. A data foi determinada pelo juiz auxiliar da vara criminal Keller Vieira Lino Junior da comarca de Redenção, após o cancelamento da audiência que estava prevista para 1 e 2 de dezembro do ano passado. A novidade no neste julgamento, é que além dos casais Aline Vaz e Jean Altamiro (Filha e genro de Francisca) e Wesley Silva e Euzilene Alves (amigos), também será julgado, Ricardo Pereira Lima da Silva. Ricardo confessou o crime e disse ter matado sozinho as 2 vítimas após uma “possessão espiritual”. O caso:A missionária foi morta em uma emboscada, com um golpe na cabeça. A amiga dela Joanice Silva foi esfaqueada no rosto e na mandíbula. De acordo com a investigação, Jean e Aline genro e filha de Francisca, contrataram o missionário Ricardo Pereira Lima da Silva, Wesley Costa da Silva e Euzilene Alves de Almeida para cometerem o crime, sob a promessa de pagar ao trio R$ 5 mil reais. O grupo teria ido até a casa Francisca para orar. Após a oração, Euzilene e Ricardo chamaram Francisca para um local da residência. Nesse momento, Euzilene segurou a missionária, e Ricardo usando um objeto cortante, desferiu um golpe na região lateral esquerda da cabeça da vítima, e após, virou o pescoço dela, torcendo-o. Ainda de acordo com a investigação da polícia, como a vítima ainda estava respirando, jogaram um saco de cimento em cima dela. Em seguida Euzilene e Aline golpearam Joanice com um cabo de rodo e facadas no rosto. As investigações apontaram que o assassinato de Joanice não foi planejado pelos criminosos e foi decidido naquele momento. Segundo a investigação, após cometerem o duplo homicídio, o grupo fugiu, mas antes reviraram o guarda roupas para simularem um roubo. Nos julgamentos que foram adiados, o principal acusado, Ricardo Pereira não sentaria no banco dos réus, ou seja, não seria julgado. Ele confessou com detalhes, como ele matou as duas mulheres. Enquanto os dois casais acusados sempre negaram envolvimento no crime.
Durante audiência de custódia na presença do juiz, Ricardo Pereira afirmou que matou sozinho. Durante interrogatório no Ministério Público ele também inocentou os dois casais.
Mas mesmo não tendo juntado prova que evidencie a participação dos dois casais, a polícia os apontou como partícipes no inquérito.
Para muitos a ausência do principal acusado no juri, dificultaria o esclarecimento do caso a população, porém agora com Ricardo presente no juri, certamente os jurados e opinião pública terá mais facilidade para entender o que realmente aconteceu naquela noite.




Por: Folha de Carajás

jornal@folhadecarajas.com


Comentários

Deixe seu comentário