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Redenção terá usina para destilar etanol de milho

O empreendimento deve gerar cerca de 600 emprego diretos

Data: 14/05/2024
Foto: Reprodução

A Grão Pará Bioenergia, criada a partir de uma joint venture entre o Grupo Mafra e a Companhia Mineira de Açúcar e Álcool (CMAA), anunciou a construção de uma refinaria de etanol de milho em Redenção no sul do Pará. O empreendimento vai investir R$ 2 bilhões até 2029, sendo R$ 600 milhões este ano. A nova agroindústria prevê a geração de 600 empregos diretos e 3 mil indiretos.  O bilionário grupo paulista, com atividades que vão de equipamento médico a pecuária de corte, em sociedade com o grupo mineiro CMAA, do segmento sucroenergético, prevê que a indústria entre em seu primeiro estágio de funcionamento em 18 meses, já com o milho da segunda safra 2024/25 utilizado na produção. O grupo possui cerca de 150 mil hectares de terras em torno de Redenção. Mafra afirmou que, desse total, cerca de 75 mil hectares são destinados à preservação e o restante é explorado. São 100 mil cabeças de gado e 20 mil hectares onde são cultivados soja, na primeira safra, e milho na segunda. Ele destacou que a ideia do negócio surgiu do grupo, que viu na região um movimento crescente de conversão em áreas desgastadas pela pastagem de bois em áreas agricultáveis. “Nossa ideia é, em cinco anos, converter mais áreas de pecuária em agricultura e aumentar a área de grãos. Com isso, nosso grupo contribui com a parte agrícola, de milho e de DDG – o grão de milho seco obtido da destilação do cereal,” explicou. O Grupo Mafra é conhecido por ser o criador da Viveo, empresa de capital aberto especializada na fabricação e distribuição de materiais para o setor de hospitais e saúde humana. A ideia da Grão Pará Bioenergia é fomentar o cultivo de milho na região, aproveitando áreas de pastagens degradadas em agricultura, de acordo com Carlos Mafra Júnior. Na terceira fase de ampliação, ele acredita que a Grão Pará Bioenergia produzirá 430 milhões de litros de etanol provenientes de 1,1 milhão de toneladas de milho. A energia da planta virá de biomassa, assim como é feito nas principais usinas do Mato Grosso e será originada de árvores de eucalipto. Em um comunicado oficial, o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), destacou que esse tipo de iniciativa é muito importante para o estado. Segundo ele, esse empreendimento traz benefícios econômicos importantes à região. “Além de movimentar a economia local, gerará renda e oportunidades de negócios para os mais diversos setores envolvidos, como construção civil, transporte, comércio e serviços, entre outros. A indústria também tem potencial de aumentar a arrecadação de impostos para o estado,” afirmou em nota.

 




Por: Folha de Carajás

jornal@folhadecarajas.com


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